Capítulo 03 – Uma Noite Meio Alucinante (Título inspirado no filme mais trash que existe: “Uma Noite Alucinante”)
Já era final de tarde, bem dizer umas cinco e meia. Tomoya estava em casa, jogando seu tradicional Tekken para PS 2, quando de repente sua mãe aparecia em seu quarto:
– Tomoya, mamãe vai à missa, ta bom? Comporte-se!
– Missa?! – Retrucava Tomoya.
– Ja nee!! – Ela saia e logo após fechava a porta do quarto.
Tomoya se assustava ao ver que a hora passou tão rápido que mal tinha percebido. Não demorava muito e a imagem de Yuuki lhe vinha em mente. Correu para a sala, a mesma estava uma bagunça, juntamente com a cozinha e o seu quarto. Sua mãe não era do tipo de mãe dona de casa, pelo contrário, dedicava todo seu tempo para a igreja depois que seu marido (e pai de Tomoya) havia falecido.
Tomoya corria de um lado para o outro da casa, desesperado e sem saber o que fazer com aquela bagunça. Olhou para o relógio e lá marcavam 17h45min. Pela hora, Tomoya tinha que arrumar tudo aquilo rápido, antes de Yuuki chegar. E assim o fez… Lavou a louça, tirou a poeira dos móveis, varreu todo o andar de baixo e por último arrumou as revistas (pornográficas e de animes), roupas e games espalhados pelo chão de seu quarto.
Acabado todo o serviço, Tomoya se jogava sentado no sofá e no mesmo instante campainha tocou. Levantou num pulo:
– Deve ser ela!!
Abriu a porta e lá estava, Haruka, uma prima que não via há muito tempo, a única lembrança que tinha era de uma pirralhinha que o vivia perturbando. Mas agora tudo mudou: Haruka se tornou uma mulher de corpo esbelto, seios volumosos, longos cabelos ruivos e olhos esverdeados.
Tomoya se assustou ao ver Haruka ali parada na porta:
– Errr.. Ha-Haruka!!!
– Tomoya-kuuun… Quanto tempo priminho!!
Ele deu um sorriso meio que para disfarçar a surpresa.
– Você não vai me convidar para entrar? – Ela dizia isso, mas já estava adentrando a casa de Tomoya. O mesmo, muito assustado, fez a pergunta que qualquer um faria:
– O que você está fazendo aqui?
– Mamãe disse para eu vir, por que soube que você andou tirando muitas notas vermelhas na escola, então, vou te ajudar a recuperar isso!
– Na… Não preciso, eu sei me virar sozinho!! – Dizia isso aos suores na testa.
Tomoya virava o olhar para não olhar para Haruka, mas acabava por ouvir o barulho da campainha mais uma vez.
– Agora sim deve ser ela! – Foi correndo abrir a porta, não dando nem tempo de Haruka terminar:
– Ela quem?!
Tomoya passava a mão no cabelo, ajeitava a camisa (como um tremendo galanteador) e abria a porta. Lá estava ela: Yuuki, vestida de um vestidinho branco terminado na coxa, com rendas na borda e alças finas. Possuía também uma bolsa transversal com um sapinho pendurado como chaveiro.
– Tomoya-san… Boa noite! – Yuuki dizia tais palavras num tom baixo e com um pouco de vergonha.
– Vem, entra! Estava te esperando. – Tomoya pronunciava tais palavras tranquilamente, mas ao mesmo tempo passava em sua mente o pensamento de o que faria a respeito de Haruka estar ali, na casa dele estragando toda a “festa”.
Mal entrava na casa e Yuuki avistava Haruka sentada no sofá, toda a vontade, como se estivesse na sua própria casa. Yuuki se espantou ao ver a menina ali, mas, ao cerrar os olhos sobre a mesma, acabou por reconhecê-la. Se aproximou mais um pouco:
– Haruka-Sama?! – A chamava num tom calmo, como sempre fazia com qualquer que fosse a pessoa.
Haruka tirou seu olhar do teto e olhou para a menina ali, parada bem a sua frente. Não demorou muito e também a reconheceu:
– Onee-chan? É você mesmo?
– Hãa!? Onee-O que?! – Tomoya se via entre as duas, numa situação em que o próprio não entendia necas de pitibiriba.
Haruka se levantou e recebeu Yuuki com um forte abraço:
– Waaaa.. Quanto tempo priminha, como você está? Cresceu bastante, e está bem bonita também.
– Você também Haru-Sama.
Tomoya olhava para as duas, uma a cada tempo. Pensamentos extremamente orgiosos lhe vinham em mente. Seu nariz começava a sangrar…
[To Be Continued]